terça-feira, 2 de agosto de 2011
The Yes man: usando o estelionato para o bem
The Yes man. Não vou contar nada, juro que vale a pena descobrir por sí, senão nem me dava ao trabalho de postar o vídeo aqui.
OBS: O vídeo está no Youtube e tem mais de 10 minutos, então teve de ser fragmentado em vários vídeos. Em nove partes, para ser mais preciso. Como sou ainda tecnologicamente incapaz de emendar os fragmentos, para assistir tudo é só esperar o trecho acabar e clicar na próxima parte que aparecerá. Nada complicado.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Um apelo pela rejeição às alterações no Codigo Florestal Brasileiro
SBPC e ABC comentam Código Florestal
26/05/2011
Agência FAPESP – A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgaram nesta quarta-feira (25/5) uma nota comunicando sua posição sobre a decisão da Câmara dos Deputados em relação à reforma do Código Florestal.
Nota da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) sobre a decisão da Câmara dos Deputados com relação ao Código Florestal
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC), tendo em vista a decisão majoritária da Câmara dos Deputados sobre o substitutivo do Código Florestal esclarecem que:
- Nunca houve convite oficial por parte do Parlamento Nacional para que a ABC e SBPC, entidades representantes da comunidade científica brasileira, participassem das discussões sobre o substitutivo do código florestal.
- A participação ocorreu em função de uma demanda da própria comunidade científica que resultou na formação de um grupo de trabalho (GT) composto por cientistas das diferentes áreas abrangidas no código florestal. Os trabalhos foram iniciados no dia 07 de julho de 2010, e resultaram na publicação do livro O Código Florestal e a ciência. Contribuições para o diálogo, que foi lançado em Brasília, no dia 25 de março.
- Durante o período de trabalho, várias pessoas e entidades foram convidadas para dialogarem com o GT. Duas cartas foram produzidas e enviadas a todos congressistas e presidenciáveis alertando da necessidade de mais tempo para estudos aprofundados sobre os vários aspectos tratados no código florestal e seu substitutivo.
- Reconhecem a importância do agronegócio na produção de alimentos e na balança comercial brasileira, bem como a necessidade de que o desenvolvimento e a ampliação do agronegócio ocorram sem prejuízos à preservação e conservação dos recursos ambientais do País.
- Entendem que a agricultura familiar, responsável por 38,8% do valor bruto da produção agropecuária, representando 84,4% do número total dos estabelecimentos rurais que ocupam 24,3% da área agriculturável do Brasil, deve ter um tratamento especial por parte da legislação ambiental. Tratamento semelhante deve ser conferido às áreas consolidadas em ambientes urbanos e rurais que não provoquem degradação ambiental.
- Que o código florestal de 1965 (Lei 4771), apesar de construído com o aporte científico da época, necessita de aprimoramentos à luz da ciência e tecnologia disponíveis na atualidade. Ao mesmo tempo entendem que o Projeto de Lei nº 1.876 aprovado na Câmara dos Deputados também não resolve as necessidades de modificações na legislação anterior, pois o mesmo não contempla uma fundamentação científica e tecnológica.
- Que em função dos fatos expostos acima, a SBPC e ABC solicitaram mais dois anos para construção de um código florestal com base científica e tecnológica considerando aspectos jurídicos não punitivos e com equidade econômica, social e ambiental.
Desta forma, a SBPC e a ABC consideram precipitada a decisão tomada na Câmara dos Deputados, pois não levou em consideração aspectos científicos e tecnológicos na construção de um instrumento legal para o país considerando a sua variabilidade ambiental por bioma, interação entre paisagens urbanas e rurais que propiciem melhores condições de vida para as populações com uma produção agrícola ambientalmente sustentável.
Esclarecem também que esta decisão não tem nenhum vínculo com movimentos ambientalistas ou ruralistas, pois o mais importante é a sustentabilidade do País.
Reafirmam que estão dispostas a colaborar na construção de um código florestal/ambiental justo e que confiam que o Senado considere os aspectos científicos e tecnológicos na análise do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados.
São Paulo, 25 de maio de 2011.
Helena B. Nader, presidente da SBPC
Jabob Palis Júnior, presidente da ABC
José A. Aleixo da Silva, coordenador do GT
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Parece que ninguém entende que o ambiente agrário é um ecossistema e que sem as matas ele colapsa!
Vou enumerar alguns dos diversos papéis desempenhados pelas matas de topo de morro, de encosta, matas ciliares (as tais das APPs) e Reservas Legais: Elas filtram a água que escorre para os corpos d'agua, protegem eles de assoreamento, evaporam muita água e portanto mantém um nível bom de umidade local e possibilita um regime de chuvas mais simpático ao cultivo. Estas matas ainda establilizam o solo, segurando-o com suas raizes e impedindo que ele deslize sobre o que há abaixo, são as vezes fonte de novos cultivares para a própria agricultura e de regulação biológica de pragas. E sem falar da conservação da biodiversidade.
Aqui faço um parenteses, porque ninguém parece entender porque esse pessoal aí se preocupa tanto com com essa tal de biodiversidade:
Bom, tentem encarar a biodiversidade como o coletivo de engrenagens que, somadas ao ambiente, fazem funcionar a imensa e complexa máquina que chamamos de natureza, que ainda estamos longe de entender. Cada espécie extinta é uma engrenagem que arrancamos dessa máquina.
Em geral nada sabemos do papel de cada uma das pequenas engrenagens que arrancamos no funcionamento da natureza, mas estamos a todo momento a arrancar mais e mais, fingindo que não sabemos que, se as coisas continuarem assim,um dia essa máquina vai parar de funcionar.
Bom esse foi meu apelo ao lado humano das pessoas, que é o que deveria receber mais atenção por parte delas mesmas. Na falta de humanidade e de sensação de pertencimento à natureza no coração, sou forçado a falar a outra lingua (que particularmente gostaria que nem existisse).
Na linguagem da$ finança$, as matas prestam inestimáveis serviços ecológicos que engenharia nenhuma do mundo conseguiu imitar em escala e baixo custo. Acredito que seja mais barato manter as matas que ter que tratar toda a água dos rios, recompor milhões de toneladas de solos artificialmente, evaporar água artificialmente, criar diversidade molecular para remédios artificialmente, gastar em tecnologia para fixar carbono e controlar o clima, controlar pragas artificialmente e por aí vai. Fora tentar estimar financeiramente o custo da beleza paisagística das florestas, que também deveria entrar na conta...
Espero que meu email tenha adicionado algum conceito novo, feito agluma diferença nos corações e mentes de vocês. Ainda temos chance de inviabilizar esse projeto passado às pressas, pois ainda nos resta o Senado.
Não desistamos!